terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bendita ignorância


Outro dia, estávamos D, E e eu bizoiando sites de noivos (daqueles que têm a história do casal, listas de presentes, datas e horários dos eventos etc.). A maioria deles tocava alguma música e eu me divertia brincando de sing-a-long. Enquanto algumas trilhas eram escolhas coerentes, outras eram... digamos assim... peculiares.

Isso me fez lembrar um caso engraçado. Há alguns anos, uma dupla de amigos se casou. Depois da cerimônia, tudo lindo, tudo maravilhoso. Ao entrarem no salão cheio de amigos e familiares... o DJ pôs para tocar Sexed Up, do britânico Robbie Williams. Na época, a música era um hit. Seu ritmo lentinho engana os desavisados: a letra fala sobre uma briga de casal e traz pérolas do tipo "Why don't we break up?" (Por que não nos separamos?) e "I hope you blow away" (Espero que você se exploda). A noiva, professora de inglês, morreu de ódio e quis esganar o cara. Mas poucos convidados se deram conta da gafe. No fim, virou estória pra contar e dar risada.

Essa falta de informação (como do DJ ou dos sites) é inofensiva. Comparável a sair por aí com uma camiseta escrita "I'm a bitch" e achar que tá superchique. No máximo, rende a diversão alheia. Pior é aquele povo que resolve tatuar algo em outra língua e nem se preocupa em pesquisar antes. Já cansei de ver gente com kanji do avesso, de ponta-cabeça, sem lógica ou simplesmente inexistentes.

Nesses casos, nunca tive coragem de avisar. Como Quelzinha e eu conversamos hoje: "às vezes, é melhor ficar na ignorância" (ou tolice, como preferir). E isso serve pra tudo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Parece, mas não é

Naquela segunda-feira cinza, todos queriam esticar seus minutinhos na cama. Debaixo das cobertas quentes, ninguém poderia imaginar a garoa fina e neblina baixinha que imperavam lá fora. Os prédios só apareciam até a metade. A paisagem esbranquiçada dava a impressão de que estava mais frio do que os termômetros acusavam. Até o tráfego aéreo paralisava.

Seria inverno? Não. Porque o inverno ali era seco. Mas o mais impressionante é que não se tratava do sul ou sudeste do país. Era Brasília. Em pleno verão.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Leite morno dos maestros

Quarta-feira é dia de cinema. Ado queria ver "Café dos Maestros" e, como na última vez eu tinha escolhido, nada mais justo do que irmos à Academia. E ele preocupado porque eu não curto muito essa onda de documentários. Um amorzinho. Mas não reclamo, também. Assim como ele (quase) não reclama quando eu escolho meus musicais e chororôs.

Começou o filme. Tango, tangueiros, bandoneões, cantoras e músicos velhinhos e fofos. Argentina e Uruguai. Dali a um pouco, me enrolei no ombro do lindo e fechei (ainda mais) meus olhinhos. Acordava, espiava mais um tantinho de conversa, ouvia mais um pouco de concerto... e nanava again. Só acordei de vez quando acenderam as luzes - e em meio às risadas do ado.

Ele entendeu. Ainda comentou: "não escolho mais filme pra gente ver". Pôxa... mas não foi minha culpa. Prum filme com esse nome, faltou cafeína. E até ele, mais in nesses esquemas off-Hollywood, achou paradão. Tava menos pra tango e mais pra valsa... rs. Mesmo assim, foi válido. Os tangueiros são realmente fofos, como eu disse ali em cima. Têm estórias pra contar. E ainda deu pra eu tirar um cochilo goshtojinho pós-loucura no trampo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quanto mais idiota melhor

Enquanto as crianças aproveitam suas férias, meu volume de trabalho aumenta em progressão geométrica. Nada mais apropriado do que dizer o óbvio: eu era feliz e não sabia.

Pois, graças ao aperto no trampo, os posts estão mais escassos. E os horários de publicação, bem mais "alternativos". Nessa onda de tique-taque frenético, até meu sono ficou afetado. Não fosse por isso, eu não estaria aqui a essa hora... e certamente também não estaria assistindo ao The Daily Show.

Ao contrário dos meus idolatrados seriados, esse programa passa aqui no Brasil na semana seguinte à transmissão original, nos EUA. Chega aqui fresquinho. O fato é que o primeiro bloco de hoje foi inteiramente dedicado ao mais novo ex-presidente norte-americano. Jon Stewart dava ênfase a alguns trechos da coletiva do Bush filho. E assistir a tais cenas inevitavelmente me remeteu novamente ao correspondente brasileiro. Falta de articulação e declarações infelizes obviamente não são privilégios do "nosso" (argh) molusco.

Confesso que ri. Algumas alfinetadas foram bem divertidas (por exemplo, brincar sobre como o recém-desempregado anda "aparecido", em todos os canais, o tempo todo - "como alguém que vai lançar um CD no dia 20" - apesar do sumiço na mídia durante muito tempo ou em momentos cruciais, que pediam declarações suas). Isso me dá um certo alívio. Sei que é preconceito meu, mas é comum pensar nos norte-americanos como verdadeiros alienados. É bom ter uma comprovação do contrário, de vez em quando. Ainda que por brincadeira - mas com um fundo de verdade.

Atualização: dias depois, assisti ao talk-show da Ellen DeGeneres. Ela disse que a semana era excitante, pela história que se fazia. E brincou que, pelas suas contas, em uma semana todos os problemas do mundo estariam resolvidos. Coincidência???

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Murphy disse, Murphy falou


Sábado de noite estrelada. Os amigos combinavam um domingo no clube. Mas veio a chuva de verão... e carregou os planos água abaixo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Será o fim do túnel?

Faltam cinco dias para a posse de Obama. E hoje li no Yahoo! Notícias que Bush defende seu "desempenho na política externa". Sendo bem sarcástica: se ele não defender, quem o fará, não é mesmo?

Ele deixa o incrível legado da maior crise financeira norte-americana em oitenta anos, cujas consequências afetam praticamente o mundo todo. Deixa seus soldados em guerra, morrendo todos os dias. Deixa uma história de terror e ódio, que fez os EUA tornarem-se, além de uma "ilha", o alvo de constantes piadas ao redor do planeta. Isso entre tantas outras coisas ruins e negativas. E sua posição é de que deixa "um mundo mais livre" a seu sucessor. Boa, essa.

Fizeram um verdadeiro carnaval em torno da eleição de Obama. Sim, esse fato mereceu entrar para a história. Mas toda essa emoção vela a pressão de que ele é a solução para todos os problemas. Será??? Não duvido de sua capacidade ou seu brilhantismo. Mas digamos que, para melhorar o presente, não precisa de muito. Metaforicamente, é como sofrer na seca: mesmo uma garoa nos deixa feliz. E esse São Pedro tem toda a condição de fazer chover, mas, infelizmente, o solo esturricado que o texano deixa exige um temporal para chegar ao cenário ideal do american dream. Toda essa esperança me lembra a paixão dos tupiniquins pelo molusco. Para muitos (e tenho orgulho de dizer que isso nunca se aplicou a minha pessoa), era o sol no céu e a estrela vermelha na terra. Preciso dizer mais?

Não é cinismo meu. O que quero dizer é que não basta ser bom (ou até melhor, como provavelmente é o caso) para arrumar a bagunça. Tem que ser excepcional. E espero que seja, de todo o coração, porque suas decisões não afetam apenas seu território. Afeta a todos nós.

God bless him.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

On sale


Época de liquidações é o must. Aliás, se tem uma coisa que eu adoro é economizar no fim do ano, para poder comprar tudo com desconto no início do ano seguinte. Jóia demais.

Felizes são os aniversariantes de janeiro e fevereiro, que ganham presentes melhores que o resto dos mortais. Só tem um porém: muitas das lojas dizem que, por estarem em liquidação, não fornecem embalagem para presente. Sacanagem.

Atendimento - mais do mesmo

Estávamos minha irmã e eu comprando sofá. Na hora de fechar o negócio, o atendente fazia o cadastro de forma lenta e pouco inteligente. Perguntava tudo cinco vezes, digitava errado, não entendia as mensagens de erro do sistema. Depois desse martírio (e com a nossa ajuda), ele finalmente salvou a ficha.

Qual não foi nossa surpresa quando o indivíduo resolveu pegar um formulário em papel. Com as MESMAS informações. Lá veio ele pedir as mesmas coisas. Mais umas três vezes cada - menos o CEP, que ele perguntou umas seis. Ele escrevia ainda mais devagar do que digitava. E rasurava horrores. Eu, lendo de ponta-cabeça por estar do outro lado da mesa, corrigia seus erros: "faltou um número aqui, ó".

Depois de morosos quarenta minutos (ou mais, não tenho certeza), ele, satisfeito, disse: "pronto!". Mais uma surpresa: o cara deixou minha ficha de lado e me entregou uma em branco para assinar. É claro que não aceitei, e expliquei que ele não pode dar um papel em branco para as pessoas assinarem. Explicação aparentemente óbvia, mas obviamente ele não entendeu.

Ele começou a discutir: "mas é preciso!". Em que mundo??? Dizia que, como tinha rasurado, precisava passar a limpo depois. E eu respondia: "não tem problema, eu preencho tudo rapidinho". O gerente percebeu o burburinho e veio "acudir". Outro idiota. "É que a moça que faz o cadastro e o contrato não veio. De qualquer forma, o contrato não vai ficar pronto. Volte amanhã pra assinar". Claro, meu nariz de palhaço devia estar aparente. Voltar lá??? Não mesmo.

Ele notou que estava perdendo a venda e ofereceu levar o contrato pronto a mim, no dia seguinte. Ok, problema resolvido, apesar da chateação. O que mais nos deixou embasbacadas foi o fato de que, em uma loja renomada (segundo eles, "tradição de 32 anos"), apenas UMA pessoa seja capaz de digitar uma ficha e imprimi-la. Entendam: eu olhei o formulário e não tinha segredo algum. Simples e intuitivo, e, até para leigos em informática básica, fácil de aprender (bastava clicar "ok" em todas as páginas). Como minha irmã comentou: "e se essa mulher morre? A loja vai parar de vender, porque não vai ter ninguém pra imprimir um contrato?".

O triste é pensar que pessoas assim, preguiçosas e sem vontade de aprender, têm emprego, enquanto tanta gente boa não consegue oportunidade. O mundo é realmente injusto.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Bêbado e a Equilibrista


Composição: João Bosco e Aldir Blanc

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos...
A lua tal qual à dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco louco!
O bêbado com chapéu-coco fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil. Meu Brasil!...

Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa Pátria-Mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil...

Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar...

Azar... a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar...


P.S. tudo a ver: o grifo é uma palavra amiga e encorajadora para quem, como eu, se equilibra, mas não perde a esperança.

Enquanto isso, na Sala da (In)Justiça...


... os "orêia" se preparam para mais um feriado inutilizado. Já que o Carnaval pede fantasia, por que não nos fantasiarmos de palhaços logo??? Só falta o nariz vermelho...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Coisa de português

Na infância, mamãe e papai estimulavam-nos a ler muito. E líamos. Especialmente gibis e livros da coleção Vaga-Lume. Até hoje, quando resolvo pegar uma leitura, devoro-a rapidinho.

Entre os gibis, a Turma da Mônica era o must have. Isso quando ainda era da Editora Abril e nem existia revistinha da Magali (cuja primeira edição, se não me engano já na Editora Globo, veio numa caixinha, lembram?). Eram Mônica, Cebolinha, Cascão ou Chico Bento.

Mamãe nos levava para a banca ou livraria e dizia: "escolham". Mas tinha um porém. Não podíamos escolher nem Cebolinha, nem Chico Bento. Porque eles falavam errado. E, se estávamos lendo para ter intimidade com a língua portuguesa, não fazia sentido consumir erros gramaticais.

Hoje, nossa língua sofre alterações. Novas regras. Um feito de grande valia*, uma vez que os jovens mal escrevem. E, quando teclam, usam siglas até mesmo para as palavras mais simples e curtas. Mal compreendemos o que querem dizer. Mamãe ficaria louca, tadinha...

*Estou revoltada com as mudanças na língua portuguesa. Presidente FDP... só porque não faz diferença pra ele, ele acha que não vai fazer diferença pro resto do país???

Show do bilhar


Pra quem não é fã, três idas a bares de sinuca, no período de quatro dias, são bastante. Talvez até para quem gosta de verdade.

Pois fui. Fosse por aniversário, despedida ou simplesmente para ficar entre amigos. E, como não botei muito a mão na massa (ou no taco), fiquei observando o movimento. Coisa de mulher (e de homem também, diga-se de passagem). Cá entre nós, bares desse estilo reúnem figuras, digamos, bem peculiares. E grupos idem. Mas o troféu "sem noção" foi pra uma dupla de amigas (entre si, não minhas).

A primeira trajava minissaia em xadrez, meia 7/8 preta rendada e scarpin de verniz vermelho. A segunda, mais mignon, minissaia jeans de babados e scarpin de verniz preto. A primeira jogava, debruçava-se na mesa e posicionava-se de cócoras e pernas abertas para pôr a ficha na mesa. Repito: ela trajava minissaia! A segunda desfilava rebolando por todos os corredores no salão. Ia pra lá, voltava pra cá. Não parava quieta mesmo. E rebolava tanto, que todos (e digo isso sem exageros) os olhares masculinos e femininos a acompanhavam. Eram olhares de desejo, choque, raiva, ironia, desprezo.

Confesso que não tinha reparado nas duas moçoilas logo de início, até que um dos meus amigos chamou minha atenção - e, a partir daí, foi difícil parar de notar.

V: "Dá uma olhada na meia que aquela mina tá usando". (Apontando para o alvo do comentário, que andava em meio à multidão).
R: "Não consigo enxergar. Tem muita gente no meio do caminho".
V: "Você vai ver. E diz se é ou não é meia de p***".
(A multidão se dissipou. E finalmente vi a cena grotesca.)
R: "Aff!!! Que p*rra é essa???"
D: "Viu a outra? Nunca vi alguém rebolar tanto pra andar. Deve existir alguma explicação pras duas".
R: "É... na certa, é roupa de 'trabalho'. Elas só podem estar 'a serviço', aqui".
E: "Tomara".
(Risos)

Provavelmente viraram assunto em todas as mesas. E, na certa, era exatamente o que elas queriam. Fico feliz que certas pessoas consigam atingir seus objetivos com tanto louvor. Tiro meu (Rui) chapéu pra elas.

"Padre Nosso"? Acho que não.

Minha cunhada vai se casar este ano. E, em meio a todas as decisões que ela e meu concunhado têm de fazer até lá, os dois têm feito uma verdadeira procissão em busca da igreja ideal. Algumas são pequenas; outras, grandes demais. Umas possuem decoração de gosto duvidoso; outras não têm o espaço necessário para uma pequena recepção. Até o momento, todas têm algo em comum: não são exatamente o que procuram.

Mas uma delas teve destaque. O "defeito"? O padre. Minha sogra foi conhecer o local primeiro. A resposta dele: "não falo com mãe de noiva". Ok, ok... esquisito, mas imaginamos que ele quisesse conhecer os noivos e observá-los, antes de qualquer coisa. Tá.

Segundo contato: os noivos foram sozinhos. Viram a igreja e queriam conhecer o espaço para a recepção. A resposta dele: "não tenho vontade de ir lá". Hã??? Isso foi mais um motivo de risadas, na verdade. Entendemos que ele, por ser estrangeiro, talvez tivesse empregado as palavras equivocadamente. Os noivos pegaram a chave do salão e foram sozinhos, sem "guia".

Terceiro contato: noiva, mãe, avó e euzinha. Fomos ver o espaço para ter idéias de decoração. Tudo trancado. Então, fomos falar com aquela "candura" de pessoa. A resposta? "Minha filha, tá tudo fechado. Não vou lá com você, não. Estou ocupado". Por um lado, nós até entendemos... afinal, faltavam 4 minutos para a missa (nós não tínhamos percebido). Mas... primeiro: a gente não tava pedindo companhia. Era só emprestar a chave. E, segundo (perdoem a ironia da expressão): QUE DIABOS????

Fiquei extremamente revoltada com a falta de educação daquele senhor. Mais ainda pela forma de falar. Grosseiro, ríspido, estúpido. Não tenho palavras pra denominar aquele velho mal-amado. Minha cunhada foi um doce, ouviu as respostas (ele repetiu isso e mais algumas coisas várias vezes. Teria sido mais rápido ele pegar a chave e nos entregar) e ainda respondeu com educação: "eu entendo, muito obrigada". Só não respondi à altura porque não era comigo (estou trabalhando meu estresse) e, ainda mais, porque estávamos acompanhadas de duas senhoras (que estavam afastadas e não testemunharam o fato) que ficariam horrorizadas se eu falasse daquela mesma maneira com um "homem de Deus".

Deus não dá asas a cobra, mesmo. Mas, se existe a tal justiça divina, aquele ser humano também não tem direito a um lote no céu. Ora, o fato de vestir uma batina não faz dele ninguém melhor, se ele não faz por onde. E não merece respeito, a partir do momento que ele não pratica isso com os outros. Uma coisa é acordar de mau humor vez ou outra. Outra coisa é ser estúpido todo "santo" dia. Humpf.

P.S. tudo a ver: e a Igreja Católica ainda fica se perguntando por que tem perdido sua força. Como sempre, a resposta está lá dentro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O cinema imita a literatura. Que imita a vida. Que imita a arte

Já fazia tempo que eu não ia ao cinema. A oferta andava tão meia-boca, que nenhum filme me inspirava gastar oito dinheiros (sem direito a pipoquinha ou Coca-Cola) pra vê-lo na telona. Então, eu fazia o que ninguém deve fazer, mas que no fim acaba fazendo: vendo piratão no sofá.

Pois eu já estava com banzo das salas de cinema, então chamei o ado pra uma sessão. A escolha demorou (nós temos gostos completamente diferentes), mas, diante de mais uma entressafra filmográfica, acabamos optando pelo pop "Marley e Eu". D ficou desconfiado... perguntou se o cachorro "falava" ou "jogava basquete"... mas, quilido, aceitou.

Um "sempre quis, mas nunca fiz" foi ler esse livro. Pra mim, ler livro - tal qual ver cinema - é sinônimo de descontração: não gosto de passar o tempo quebrando a cabeça ou tentando desvendar os mistérios da vida ou do universo. Gosto de estórias, sejam tristes ou felizes. De temas criativos. De entretenimento puro e limpo.

Pois bem. Tava afim de ler o tal; não li. Fizeram uma filmagem; resolvi conferir. E não me arrependi. Estou certa de que a versão impressa é muito mais complexa... talvez mais divertida, até. Se as versões cinematográficas baseadas em best-sellers fossem tão "redondas" como as estórias originais, elas não seriam filmes. Seriam séries inteiras. Mas gostei mesmo do dito-cujo. Owen Wilson fica bem melhor, menos pastelão. E Jennifer Aniston vive a "mulher-comum" (exceto pela incomum beleza) de sempre, sem pecar. Mas o espetáculo é o personagem do título. Os cachorros-artistas que interpretam Marley (em todas as fases de sua vida) roubam a cena MESMO. E D e eu até conversamos a respeito: não deve ser fácil adestrar cães para que eles pareçam malcriados. E o intrigante é ver que mesmo o "pior" dos cachorros inspira carinho da audiência. Diferente de criança (pentelha) espevitada.

Enfim. Ri, chorei e me entretive. E D também gostou, o que me deixou ainda mais feliz. Entretenimento light goshtojinho - especialmente aos pais de cachorros, como eu.

P.S. nada a ver: tô aguardando ansiosa por "O Curioso Caso de Benjamin Button". E hoje estréia "A Troca". Detalhe: Jennifer Aniston > Brad Pitt > Angelina Jolie. O velho triângulo continua ativo...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Baixa resolução

Começo de ano é sempre muito parecido. Ainda mais no que diz respeito a planos, metas, promessas. Eu me sinto um pouco como aqueles comerciais da Globo ou do SBT, que, no início do ano, prometem uma "renca" de programas, séries e filmes maravilhosos, que dizem que passarão durante o ano, e que, no fim, realizam apenas 30% do que prometeram.

Pois é. E eu tô nessas de novo. Plano pra isso, pra aquilo... meta de emagrecer tantos quilos, voltar a estudar em tanto tempo, guardar "tantos dinheiros". E o engraçado (ou será trágico???) é que as resoluções são praticamente as mesmas, todos os anos. Será que em 2009 eu consigo? Ou será que vou ter síndrome de Globo de novo???

P.S. tudo a ver: no fim do ano eu retorno a este post... pra ver se vai ser a mesma coisa, mais uma vez.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

About sax


Ontem, conversávamos sobre a nossa reuniãozinha musical ("sambatame", né, D???), na qual vários amigos vieram comemorar o aniversário de D+D=54, munidos de batuques, violas e afins. E sobre como foi divertido, muito divertido. Com direito a um songlist eclético (de Falcão a Demônios da Garoa), como poucos sabem e/ou gostam.

D1: Pena que T não veio... seu sax fez falta...
E: Meu bem, T não toca saxofone.
D1: Toca, sim. Aquele instrumento é um sax.
D2: Verdade. Aquilo é um sax soprano.
E: É mesmo? Não sabia... então tem "soprano", "cuspino"... (risos)
R: ... tem "puxano", "fungano"... (risos)
D1: (risos) Pois é, existem saxofones de vários tipos. Aquele do T, parecido com uma clarineta, é soprano. E há aqueles com formato de cachimbo...
R: Ih!!! Então esses são os "fumano"!!!!

Eta, besteirol...
A gente é pobre, mas se diverte! E com música de qualidade...!

(Ainda) Em tempo: "felizes aniversários" pro ado, cunh-ado e sogrita!!!! Amocêis!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Dia inútil

Dia dois de janeiro. Primeiro dia útil no ano. Cá estou eu, há quase duas horas no trampo, na companhia de duas colegas. Dia dois, com duas colegas. Por que será que acho que fomos abandonadas???

O lado positivo (sim, estou exercitando uma filosofia Pollyanna. Tipo "resolução 2009") é que, depois de um feriado, sexta-feira é o melhor dia para se trabalhar. Porque depois vêm o sábado e o domingo. Mais dois dias de descanso.

P.S. tudo a ver: eu achava que a semana ia ser longa. Eu me enganei. Ainda bem.