terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bendita ignorância


Outro dia, estávamos D, E e eu bizoiando sites de noivos (daqueles que têm a história do casal, listas de presentes, datas e horários dos eventos etc.). A maioria deles tocava alguma música e eu me divertia brincando de sing-a-long. Enquanto algumas trilhas eram escolhas coerentes, outras eram... digamos assim... peculiares.

Isso me fez lembrar um caso engraçado. Há alguns anos, uma dupla de amigos se casou. Depois da cerimônia, tudo lindo, tudo maravilhoso. Ao entrarem no salão cheio de amigos e familiares... o DJ pôs para tocar Sexed Up, do britânico Robbie Williams. Na época, a música era um hit. Seu ritmo lentinho engana os desavisados: a letra fala sobre uma briga de casal e traz pérolas do tipo "Why don't we break up?" (Por que não nos separamos?) e "I hope you blow away" (Espero que você se exploda). A noiva, professora de inglês, morreu de ódio e quis esganar o cara. Mas poucos convidados se deram conta da gafe. No fim, virou estória pra contar e dar risada.

Essa falta de informação (como do DJ ou dos sites) é inofensiva. Comparável a sair por aí com uma camiseta escrita "I'm a bitch" e achar que tá superchique. No máximo, rende a diversão alheia. Pior é aquele povo que resolve tatuar algo em outra língua e nem se preocupa em pesquisar antes. Já cansei de ver gente com kanji do avesso, de ponta-cabeça, sem lógica ou simplesmente inexistentes.

Nesses casos, nunca tive coragem de avisar. Como Quelzinha e eu conversamos hoje: "às vezes, é melhor ficar na ignorância" (ou tolice, como preferir). E isso serve pra tudo.

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