segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lanchinho para o Papai Noel

Na véspera de Natal, minha sobrinha Nanda, empolgada com a história de que o Papai Noel viria colocar um presente em sua meia na janela, entra na cozinha correndo e começa a mexer nas coisas. 

- Tia, vou preparar um lanche pro Papai Noel!
- É mesmo, Nanda?
- É, pra quando ele trazer (sic) meu presente. Ele gosta de biscoitos e também de leite. 
- Ih, Nanda... não sei se tem. Mas tem pão de queijo. Será que ele gosta de pão de queijo?
(Ela começa a comer um pão de queijo. De repente, tem uma ideia luminosa)
- Tia, não vou deixar lanche pra ele, não. 
- Ué, Nanda, por quê? 
- Vou levar pra ele no shopping. 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Questão de referência

Conforme costumamos fazer, ontem, em comemoração ao aniversário do Dudu (27) e da Nanda (05), resolvemos reunir nosso grupão de amigos no tradicional Carne de Sol 111.

Lá  pelas tantas, um leve alvoroço toma conta do lugar. Oscar Schmidt estava entrando no restaurante, acompanhado de seus pais.

No meio do zunzunzum, todos os adultos começaram a estimular as crianças a irem pedir um autógrafo para o ídolo do basquete. E eles foram. E foram muito bem-recebidos pelo trio ilustre.

Meu afilhado, falante que só ele, resolveu até levar um pedaço de bolo pro jogador. Tiraram foto, fizeram uma mini-festa. E, finalmente, deixaram a família jantar em paz.

Então, o Rafa (meu afilhado) começou a conversar com a gente:

- Qual é o nome dele mesmo?
- Oscar.
- Ah... e ele é famoso, é? Ele joga basquete, né?
- É, sim, Rafa. É o jogador de basquete mais famoso que o Brasil já teve.
- Ah, tá... (não acreditando muito naquela história)
- Rafa, sabe o Tadeu, aquele que apresenta o Fantástico?
- Sei, sim.
- Pois é. O Tadeu é irmão do Oscar.
De repente, o rosto do meu afilhado se ilumina.
- Sério?!?!?!? Nooooooossa, então o Oscar é famoso mesmo, né????

Quem diria que, um dia, haveria uma geração que chamaria o Oscar de "irmão do Tadeu", ao invés do contrário...

domingo, 17 de outubro de 2010

Pegando a sobremesa

- Tia, quero chocolate! Pega pra mim, por favor?
- Claro, entre aqui na fila, pra gente pegar.
- Também quero morango, por favor.
(Ponho no prato)
- E manga!
(Ponho no prato)
- E abacaxi!
(Ponho no prato)
- Mais alguma coisa, Nanda?
- Chocolate!!!
- Ok, coloque o prato mais pertinho, por favor. Pronto. Mais alguma coisa?
- Quero! SOVERRRRTE!!!

Adoro os exatos momentos em que meus sobrinhos me lembram que são crianças, e não pequenos adultos.


P.S. tudo a ver: Nanda, esse meu pequeno amor, tem apenas quatro anos e dez meses.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu sempre me lembrarei...

... Das longas caminhadas (dado o tamanho das minhas perninhas) de dois quarteirões até a escola em Mogi.
... De quando o papai chegou com o Monza pra presentear minha mãe.
... Do quanto eu tinha medo de estalinho, mas minha mãe insistia em comprar pra dar nas minhas festinhas de aniversário.
... De ir roubar Dadinho, cubinho de caramelo e açúcar (no açucareiro que "parece panelinha") na casa da tia Marlene. E, quando eu não ia, ela vinha em casa trazer pra mim.
... Dos meus amigos do Carmo (e, agora, amigos para a vida inteira).
... Da asa de borboleta que mamãe fez pra mim, com arame e cortina de banheiro (e de como eu a achei a mais linda das asas de borboleta da apresentação da escola!).
... Da Irmã Dilena e do quanto foi triste me despedir dela.
... Do meu irmão me protegendo quando éramos pequenos.
... Dos natais na casa da Batian e do Ditian. E dos anos novos na casa do tio Minoru.
... Das idas à granja e das fotos que sempre tirávamos ao lado dos pés de café.
... Da nossa primeira volta na Belina nova. E da placa: KT 7777.
... De viajar no porta-malas da Belina, que meu pai forrava de futon pra mim.
... Das viagens que fizemos em família (e do quanto eu passava mal e vomitava toda vez).
... De viajarmos pelo Brasil inteiro e do quanto isso significou pra mim.
... De levarmos sempre a Ju e, na última vez, para Belém-Manaus-Ilha do Marajó, levarmos a Bé.
... Das brincadeiras de Changeman com o Fabrício, o Digo, o Eric e a Mara.
... De ter pavor de cachorro, a ponto de subir em mesa quando eles chegavam perto.
... Do primeiro menino que eu gostei.
... Dos nossos jantares no Germana.
... Dos nossos jantares no Koto. E de sonhar que o Komiya-san um dia fosse meu sogro.
... Dos nossos aniversários no Chama's, onde havia uma escada em espiral que dava para o teto. E de pedir profiteroles só pra ver o garçom flambar o chocolate na mesa.
... Do meu primeiro par de patins. E de arranhar o taco do apartamento com aquelas rodinhas.
... Da primeira vez que um menino me chamou para dançar. E também da primeira vez que eu aceitei.
... De pousar na casa das minhas amigas e elas pousarem na minha. E do quanto isso era planejado e aguardado!
... Da primeira vez que fui dormir na casa da Erika e a tia Keiko falou que o Shudy (ainda menor que eu) estava super-animado com isso. E de como a Erika ficou irritada porque o irmão pirralho queria se meter nas nossas conversas.
... De viajarmos em ônibus de excursão por causa dos campeonatos de beisebol do papai. E de uma vez específica em que os "velhos" fizeram mais bagunça e sujeira que nós, a "criançada". Mas, é claro, quem levou a bronca fomos nós.
... De ficar cantando músicas da Xuxa em grupo, no terraço da casa do Tentchan, e ser chamado de "bando de araras" pela vizinha mal-amada.
... De presenciar o tio Satão quebrando a tranca da porta do quarto dos meninos, com um único soco, só porque eles não nos deixavam entrar.
... Da primeira vez que viajei sozinha de avião. Eu usava meu casaco rosa da Pakalolo.
... De perder o medo de cachorros e começar a sentir amor por eles.
... Da minha primeira Barbie, que ganhei na Zona Franca de Manaus. (Da Mattel, e não da Estrela)
... De quando meus pais iam comprar uma casa (mamãe já tinha até escolhido a cortina pro meu quarto!) e da minha tristeza ao saber que a proprietária não queria mais vender.
... De dividir o quarto com a minha irmã. E do quanto isso causou brigas entre nós (da boneca fora do lugar ao "Love Songs" na hora de dormir).
... De quando meu pai foi convencido pela Daniella e a Karine, e comprou o último filhotinho do Tutti e da Pety.
... De quando levei Milú pra casa e ele passou mal no carro (como eu, quando era pequena).
... Do Ditian vendo uma foto do Milú e dizendo: "parece kumá (urso)!". Milú era um poodle e tinha dois meses.
... De estudar em uma sala cheia de japas.
... Da queimadura que uma fisioterapeuta de merda causou no meu joelho.
... Dos campeonatos de karaokê e das viagens para Goiânia, Cuiabá e Araçatuba.
... Das viagens do vôlei.
... Da primeira cartinha de amor que escrevi.
... De ter jogo de cintura no meio de duas amigas que brigaram entre si. Por causa de um menino (sempre eles!)
... Do meu primeiro e tímido beijo.
... De patinar no gelo pela primeira vez.
... De viajar para a Disney.
... De patinar meu Rollerblade pela primeira vez.
... Da minha primeira máquina fotográfica.
... Do azul impossível do mar das Bahamas.
... De adorar o balanço do navio - e ser uma das poucas que não passaram mal!
... Da Batian dizer que eu era alta e tinha as pernas compridas.
... De, a cada novo ano no colégio, achar que meus colegas seriam meus melhores amigos para o resto da vida.
... De mandar um professor à merda e ele nem ligar.
... De ser mandada para a sala da coordenadora por engano.
... De confortar minhas amigas quando elas mais precisaram. E de como isso foi reconfortante pra mim, também.
... Do que a tia Kika falou quando a tia Sônia faleceu: "Quando nascemos, nós choramos e as pessoas a nossa volta sorriem. Quando morremos, as pessoas que nos amam choram, mas nós estamos sorrindo".
... De aguardar o tão esperado resultado da UnB e descobrir que não passei porque meus pais não vieram me acordar. E de chorar baixinho assim que acordei.
... Do quanto eu era econômica quando eu comecei a trabalhar. E, não muito tempo depois, do quanto gostei desse negócio de torrar o salário.
... Do meu primeiro aparelho celular, comprado com meu próprio dinheirinho.
... De ter muita vergonha de atender o celular no ônibus, porque os passageiros não estavam acostumados com isso e consideravam uma tremenda falta de educação (= invejinha).
... Dos trabalhos em dupla com o Alê, sempre tão elogiados. E que muitas vezes ele ou eu tínhamos feito sozinhos.
... De ser passada para trás pela agência A3. Eles receberam por um serviço que eu criei e nunca me pagaram por isso.
... De aprender com o Eider e desaprender com o Asdrúbal.
... Do dia em que eu cheguei em casa e tudo tinha sido revirado por ladrões.
... Do dia em que Midori e eu íamos levar o Gol pra oficina e ele não estava mais onde eu havia estacionado.
... De entrar na PQAS e achar aquela parede azul a coisa mais linda. E sonhar em ter uma casa tal qual aquela sala duplex.
... Do quanto era bom visitar meus pais em Mogi, nas férias.
... Das novelas mexicanas estrelando uma família japonesa.
... Da minha colação de grau e de como eu enchi o canudo de todo mundo com confete. E da Fernanda ter sido a única que não foi avisada do fato por seus vizinhos de cadeira.
... De ver colegas se transformarem em amigos. Estes, sim, para o resto da vida.
... Das saídas frustradas com os amigos do Nipo.
... Da Rê e eu sermos paradas pelo guarda porque não tínhamos reparado que o farol estava apagado.
... Das tardes de karaokê e de forró.
... De perceber que as constantes briguinhas entre irmãos diminuíram com a idade. E o amor só aumentou.
... De ver amigos irem para longe, por motivos diversos, em todas as fases da vida.
... De manter e perder contato com esses amigos.
... De reencontrar amigos graças ao ICQ.
... De reencontrar amigos graças ao Orkut.
... De conhecer gente interessante pela internet.
... De reencontrar o Digo (outro).
... Do beijo na chuva com o amigo do Digo.
... Da primeira decepção amorosa.
... Da primeira transa.
... De me embebedar pela primeira vez. E, ainda assim, ser a pessoa mais sóbria do grupo, a ponto da mãe do formando me confiar a chave do carro.
... De fazer uma besteira boa e botar a culpa na bebida.
... De decepcionar quem não merecia.
... De ser decepcionada por uma então melhor amiga, quando eu não merecia.
... Da segunda decepção amorosa.
... Do cardápio exato da primeira vez que um carinha cozinhou pra mim: frango com cerveja e bolo de gelatina de morango.
... Do blackout na W3 e do cálice que quebrei (e depois dei de presente de aniversário).
... De ter me comportado quando não deveria. E de não ter me comportado quando deveria.
... Do meu primeiro carro, que consegui comprar graças à ajuda da minha irmã. E de como honrei o compromisso e paguei tudo de volta.
... Das caminhadas no parque em época de horário de verão.
... De acordar cedo e tomar banho gelado por causa do tae fight com o tio Dudu, Lelê, Beta e Moniquinha.
... Da minha fase magra.
... Do carnaval gordo.
... De ganhar flores.
... Dos chuviscos de aniversário no Correio.
... Das fotos quase que diárias, que guardarei para o resto da vida.
... Do medo que senti quando meus amigos sofreram acidentes. De moto ou de paraquedas.
... Das nossas saídas em grupo para botecos, shows, festivais, pré-estreias e Colunistas.
... Do pior filme que já vi e com quem eu o assisti: O Novo Mundo, com o Geraldo. Foi a gente levantar pra sair, que toda a sala resolveu fazer o mesmo.
... De me meter em roubadas engraçadas com a Lou (pocket show + bateria podre... hahaha).
... De me despedir com tristeza e medo quando meu pai foi para o Japão.
... De, um ano depois, despedir-me da minha mãe também. E de que, nesse caso, foi uma despedida para sempre. Pelo menos, daquela pessoa que eu aprendi a chamar de mãe.
... De ser pedida em namoro.
... De um fim de semana no hotel fazenda.
... De me tornar uma profissional mais completa.
... De mandar um certo alguém para o inferno por mérito dele.
... De procurar meu nome no Google e descobrir, com um ano de atraso, que eu tinha passado em um concurso público e jamais fui avisada.
... De como eu aprendi a lidar com o serviço público a duras penas.
... De, um dia para o outro, eu começar a ter prazer em ir trabalhar em uma certa empresa, graças às amizades que cultivei.
... De sempre brigar por justiça. E muitas vezes ser ignorada.
... De ser reconhecida pelo meu trabalho. Várias vezes.
... De uma amiga xará que, muitas vezes, acredita mais no meu trabalho que eu mesma.
... De beber doze caipiroskas em uma noite, continuar sóbria e, por ser comprometida, não ligar pro barman gatinho que me deu altos moles e o telefone em um guardanapo.
... De beijar mais de um numa só noite.
... De cochilar uma única vez ao volante, por dois ou três segundos. E da adrenalina que tomou conta de mim quando me dei conta disso.
... De fazer um salto que deveria ser duplo, mas que acabou sendo quádruplo graças à Manu e ao Elson.
... De todas as vezes que o Milú quase morreu. E do quanto eu sofri quando ele finalmente se foi.
... De testemunhar a amizade entre um cachorro Feioso e um gato que achava que era cachorro.
... De um beijo na chuva ainda mais especial.
... De um enrolado se tornar namorado.
... De ser apresentada para os sogros. E amá-los muito.
... De um banho memorável e de fugir de cachorros.
... De adotar cachorros.
... Do segundo e também do terceiro namorado (porque, do primeiro, juro, certa vez até esqueci o nome, por um momento. Prova de que o cerébro bloqueia lembrança que não vale a pena).
... De sentir um carinho profundo por meu pai e a todo instante desejar que ele volte. Com saúde.
... De conversar com minha Batian e ela não me reconhecer.
... Da minha mãe não me reconhecer.
... De sofrer por amor. Em todas as formas de amor.
... De receber carinho por todos os lados quando mais precisei.
... Da falta de educação dos franceses com os quais fui obrigada a interagir em Paris. E do único senhor francês que arrancou um sorriso meu, mesmo num momento desesperador.
... De ver minhas amigas de infância se casarem. E do quanto isso me orgulha.
... Do carinho que tenho por meu afilhadinho Rafa e meus afilhadões Telminha, Marcônio, Li e Dedé.
... Do amor que sinto pelos filhos dos meus amigos.
... Do sonho de me casar e ter meus próprios filhos.
... Das baladas da mulegada de quinta (e segunda, e terça, e quarta, e sexta... e, por que não, fins de semana?).
... De envelhecer e ter memória. E memórias também.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Candidatos a publicitários

Estamos a poucos dias das eleições, e eu ainda tenho dúvidas quanto aos meus (nossos?) candidatos. É muito, mas muuuuuito difícil pensar em eleger alguém quando se sente tanta decepção quanto eu tenho sentido com relação à política.

Como cidadã, eu me sinto assim. Como publicitária, eu me sinto num circo.

A essa altura do campeonato, não tem como mudar nada, eu sei. Mas, ainda que eu esteja atrasadinha, preciso verbalizar. Na guerra do "quem aparece mais", quem perde é o eleitor. E, entre os zilhões de pecados publicitários e marqueteiros, alguns conseguiram se destacar:

1. Carreata barulhenta nas manhãs de domingo
Sério mesmo??? Quem foi que teve a brilhante ideia de juntar: dezenas de carros de amigos e familiares + 8h de domingo + carro de som ou trio elétrico + jingle chiclete(na maioria das vezes, uma "releitura" de alguma música pop) + atrapalhar o trânsito + rojões? Quem, em sã consciência, considera que vá conquistar novos eleitores com isso? Porque, pra mim, esse mix tem o efeito contrário. Efeito repelente.
Mas o pior, na minha opinião, não é inventar essa mistura grotesca. É achar genial e resolver imitar.

2. Plotagem de carro de passeio
Ok, essa não atrapalha ninguém. Mas já me fez rir váááárias vezes no trânsito. E não foi só um candidato. Foram uns cinco ou seis.
A criatura resolve economizar na mídia e pensa: "puxa, vou usar meu próprio carro pra divulgar. Mas não quero só um adesivinho. Nãããão... quero o carro inteiro!"
E aí manda plotar. Com tudo que tem direito. Cargo ao qual concorre, número de candidatura, partido e a bendita foto.
E a foto SEMPRE está posicionada no mesmo local. Na porta traseira (sim, porque ainda não vi nenhum carro de duas portas plotado). E, quando o passageiro resolve abrir a janela dessa porta... Deus nos acuda, cadê a cabeça do candidato???????? Bem... foi pro "buraco".

3. Adesivos a torto e a direito
... em carro de motorista barbeiro
... colado no meu carro sem a minha permissão
... distribuído na rua, pra grudar na roupa
... colado torto no vidro alheio
... grudado em prédios públicos
... usado como durex em carroça, bicicleta ou box de motoboy
... e por aí vai.

4. Publicidade proibida pelo TSE
O(A) cara não segue a lei nem antes de se tornar efetivamente um político. Preciso dizer mais?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chorei horrores... (ai, que saudade do meu bebê...)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

This Ain't Goodbye

You and I were friends from outer space
Afraid to let go
The only two who understood this place
And as far as we know

We were way before our time
As bold as we were blind
Just another perfect mistake
Another bridge to take
On the way of letting go...

This ain't goodbye
Is it just the way love goes
When words aren't warm enough, to keep away the cold?

Oh, no, this ain't goodbye
It's not where our story ends
But I know you can't be mine, not the way you've always been

As long as we've got time
Then this ain't goodbye
Oh no, this ain't goodbye

We were stars up in the sunlit sky
No one else could see
Neither of us felt through, ever ask why
It wasn't meant to be

Maybe we were way too high
To ever understand
Maybe we were victims of all the foolish plans
We began to divide

But this ain't goodbye...

(Train)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fala sério...

Graças a alguns anos trabalhando no setor público, senti na pele o que é a política. Lidei com muita gente boa e também muita gente ruim.

E por tudo isso resolvi dar uma olhada no site do TSE, onde está disponível a divulgação do registro de candidaturas para as eleições deste ano. Minha intenção era conhecer os candidatos, saber quem são e conhecer suas propostas. Mas não deu.

Não deu porque os nomes de alguns indivíduos me tiraram o foco. "Fulaninha do Rabecão"; "Sicrano Amigo"; "Fulana da 3ª Idade"; "Beltrano Zé Ninguém"; "Fulano do Gás"; "Obreiro Sicrano"... fora a quantidade de títulos. Nunca se viu tanto professor, doutor, pastor, irmão e o diabo a quatro. E aí eu pergunto: como é que esse povo quer ser levado a sério? Será que a política precisa de mais palhaços?

A criatividade anda solta por aí. Só posso imaginar a "arte" que vai ser o horário eleitoral gratuito. Mas, isso, só a partir de agosto.

sábado, 10 de julho de 2010

Smile

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile if you'll just...

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just...

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just smile

That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just smile

(Charles Chaplin)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pra posterizar

No e-mail marketing, uma agência de viagens (sempre elas...) escreveu:

"Este E-mail contem imagens, caso nao esteja vizualiando, CLIQUE AQUI"

Quem diria que, num dia como este, um spam me faria rir?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Louco é quem diz

Copa do Mundo é mesmo uma loucura.

Só ela pra fazer vender tanto verde-e-amarelo, bandeirinha, bandeirona e o escambau. Dependendo do resultado da seleção, pasmem: pode até ser que uns 5% mantenham os carros cobertos dessas cores para as eleições presidenciais. Mas, pensando bem, que importância uma eleição tem para o país, não é mesmo? Se der merda, o povo culpa só os brasilienses...

Gosto de futebol. Torço mesmo... até o tornozelo, que já torci jogando bola. Já fui fanática pelo SPFC e ia à escola uniformizada. De Raí. Já fui apaixonada pelo Caio antes da fase comentarista. Eu me assustei com o Léo quando ele deu aquela cotovelada na Copa dos EUA. Já gostei - e muito - do Dunga. Mas só quando ele era capitão. Já comprei camisa do Taffarel (de 98. Não deu muita sorte...). Era fã do Adriano antes do império. Depois, nem tanto.

Lembro de jogadas históricas, chamo os jogadores pelo nome. Não gosto apenas de quem é bonito, mas principalmente de quem joga bonito. De quem é profissional.

Entendo a empolgação pela bagunça. Ela é excelente! Ainda não presenciei algo que motivasse tanto oba-oba, churrasco, cerveja, reunião de amigos, pipoca, barulho e fogos de artifício. Tudo ao mesmo tempo! Mas não compreendo a exaltação de tanta gente em torno de um jogo do Brasil, e, na hora do vamos ver, perceber que essa gente não entende bulhufas de futebol. Não sabe a diferença entre um pênalti e uma falta. Não tem ideia e não faz a mínima questão de aprender o que é um impedimento.

Não vou nem entrar no mérito de ouvir comentários esdrúxulos nessa linha de um narrador profissional de futebol. Você sabe bem de quem eu estou falando.

Pra ser sincera, ainda não me animei completamente para a Copa 2010. Não sei a tabela de jogos. Não acompanhei a abertura. Quase não saí para ver a estreia da seleção brasileira. E, mesmo quando resolvi acompanhar uns amigos, não quis usar qualquer apetrecho verde-e-amarelo. No meu carro, basta o verde da pintura original (e olhe lá, porque, de tão desgastado, já tá quase prata). Bandeira, faixa ou adesivo, nem pensar. Minha empolgação tava "tão grande", que a única camisa da seleção que eu queria era a preta.

Mas posso dizer que, hoje, estou "vivendo a Copa" melhor que ontem. Dada a performance da seleção, não preciso nem esclarecer que não foi ela a responsável. Mas aí eu pensei: ando muito rabugenta. Uma empolgaçãozinha não faria mal. E, já que eu ando meio ruim das ideias, por que não enlouquecer mais um pouquinho?

Então... Vamos lá, canarinhos!


P.S. tudo a ver: Mas que fique bem claro que nada vai me fazer comprar bandeirinha pra prender na janela do carro! Ah, isso, não!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pra posterizar

"Vem ai o 1º Fórum blablablá*. Uma oportunidade para a discurssão e o formento ao turismo."

Isso era um texto de um anúncio que eu deveria aprovar. Ah, e quem apresentou é uma empresa de comunicação. Tá bão, então.
Palmas porque acertaram "oportunidade"!!! U-huuu!


*Pra evitar confusão, melhor ocultar o nome do evento, né...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Entrando numa fila

Sou bem agoniada e, por isso, fico incomodada quando deixo alguma coisa para resolver nos 45 do 2º tempo. Mas, apesar da cara de japa-paraguaia, sou brasileira e, fatalmente, vez ou outra acabo caindo nessa besteira.

Pois bem. Deixei para vacinar contra a H1N1 hoje, último dia da campanha. Eu, três amigos e mais uma renca de gente brasileira e que não desiste nunca.

Juro que achei que fosse demorar mais. Não ficamos taaaaanto tempo na fila assim e não sofri nem um pouco com o drama de "pensei que meu braço fosse cair, de tanta dor" ou "a vacina me fez passar muito mal". E, no posto de saúde, ainda me diverti um pouco, graças a três idosos, em dois episódios isolados.

1. CONVERSA DE UM CASAL DE SINHOZINHOS
Senhorinha:
"Falaram que o posto vai fechar daqui a pouco, pro almoço."
Sinhozinho: "É mesmo??? Por isso que fecharam o portão???"
Senhorinha (indignada): "É! Mas, gente, hoje é o último dia da vacinação... eles não podem fazer isso!!!! Tem que ficar aberto direto, oras!!!!"
Sinhozinho (também indignado): "É verdade!!!! Um absurdo!!!!"
Mas ele logo emendou: "Mas também, o povo deixa pro último dia, né? Tem que resolver tudo na hora???? Ainda bem que viemos vacinar no segundo dia..."
Ainda não decidi o que é pior: 1. deixar para o último dia ou 2. vacinar no 2º dia e voltar ao posto no último dia, só para assistir à fila dos desesperados e, ainda por cima, reclamando.

2. ATÉ INJEÇÃO NA TESTA?
Ao sairmos do posto, outra senhorinha, que parecia estar fazendo sua caminhada, parou, bastante interessada, e nos abordou:
Senhorinha: "É fila pra quê, heim?"
Nós: "É a vacina, senhora."
Ela olhou as pessoas na fila... pensou... pensou... olhou de novo a fila... e, hesitando um pouco, resolveu continuar andando.
E, quando dizem que brasileiro gosta de fila, a gente acha que é brincadeira.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Já doou sangue?

Sou doadora de sangue há muitos anos, mas já fazia um bocado de tempo que eu não ia doar. No último fim de semana, uma conhecida solicitou ajuda a quem pudesse, em nome de seu primo, que, com treze anos, enfrenta a barra de lutar contra um câncer agressivo. Achei que era o momento certo para voltar à ativa.

Agendei a doação e compareci à Hemoclínica hoje cedo. Desta vez, fiz uma doação destinada ao rapazinho (levei o nome completo e o hospital em que ele está internado), mas houve situações em que doei para o banco de sangue, mesmo.

A mim, não custa nada. Tenho a sorte de ser saudável e poder compartilhar essa saúde com outros.

Também há quem doa sangue pelos exames, pelo lanche ou pelo atestado médico. Independente do motivo, o resultado é o mesmo: a solidariedade.

Procure o hemocentro, banco de sangue ou serviço de hemoterapia perto de você. Salva vidas, vale a pena e faz bem - aos outros e a você.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vender, vender, vender

Eu adoro fazer artesanato, e meus amigos vivem me perguntando por que eu não resolvo ganhar dinheiro com isso. A resposta é sempre muito parecida: vender por mim mesma não é meu forte. Conheço bem a teoria, organizo, planejo. Mas o ato de vender me trava.

Por ser bastante auto-crítica, prefiro não me propor a algo a que não me sinto preparada. Mas, como já cansei de repetir por aqui, sou altamente consumista e acabo me deparando com algumas situações que me fazem pensar como tem vendedor doido por aí.

Como nas minhas férias. Passeando pela Liberdade, em São Paulo, entrei numa dessas galerias de lojinhas (= estandes) com o namô. Enquanto ele olhava uns filmes num estabelecimento, eu observava bolsas noutro. Uma senhora coreana veio me atender, com sotaque carregadíssimo e sem pausa:

- Bolsas-bonita-né? Gostou? Tem-muito-tipo. Escolhe-qual-mais-gosta!
- Obrigada, estou só olhando...
- (Afobada) Tem-esse... olha-esse-que-bonito! E-esse... colorido-né?
- (Apontei uma delas) Ah, sim, essa é bem bonita. Quanto é?
- Quarenta-real.
- Legal, obrigada (virei-me para falar com meu namorado, que tinha acabado de chegar).
Sem a menor explicação, a senhorinha fala, mais que depressa:
- (Nervosa) Tá-bommmmmmmm... eu-faço-R$28!!!

Oi??? MAS EU NEM PECHINCHEI, DONA!!!

CLARO que acabei comprando. Bolsa fofa por 28 não é sempre que a gente acha, né???

E aí eu penso... será que ela é uma boa vendedora porque conseguiu me empurrar a bolsa??? Ou será que ela é ruim porque, sem eu pedir desconto, ela já tirou 30% do preço assim, na lata??? Dúvidas...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Viciada em Avão

Nos primórdios da praticidade, anos-luz antes do e-commerce, algum(a) espertinho(a) resolveu explorar a natureza consumista das mulheres. Assim nasceu a capetinha Avon.

Aquelas clássicas senhorinhas cor-de-rosa dominaram o mundo, proliferaram-se como Gremlins pós-banho e, hoje, habitam comércios, vizinhanças, escritórios, repartições públicas (nestas, clandestinamente...). O fato é que elas estão por toda parte.

Até euzinha, que nunca fui de me embonecar demais, acabei me rendendo (afinal, consumismo é uma doença sem preconceito com segmentos de mercado). Compro maquiagem, esmalte, creme, protetor solar, produtos para o cabelo... ufa! Pior: eu não compro porque vêm me oferecer. Não, não! Todo mês eu é que cutuco "minha" revendedora pedindo pra ver a tal revistinha. Ow, isso é muito do mal!!!! Rs... mas faz um bem tão bom...!

Enquanto tem tanta gente se viciando em coisa ilícita, eu sou Avon-holic. Bem... dizem que o 1º passo para a cura é admitir que tenho um problema, né? Mas... posso querer me curar só depois da próxima campanha??? (Ouvi dizer que vai lançar uma máscara para cílios superultrapowerblaster!!!!)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Lean on me

"Sometimes in our lives we all have pain
We all have sorrow
But if we are wise
We know that there's always tomorrow

Lean on me, when you're not strong
And I'll be your friend
I'll help you carry on
For it won't be long
'Til I'm gonna need
Somebody to lean on

Please swallow your pride
If I have things you need to borrow
For no one can fill those of your needs
That you don't let show

If there is a load you have to bear
That you can't carry
I'm right up the road
I'll share your load
If you just call me

So just call on me brother, when you need a hand
We all need somebody to lean on
I just might have a problem that you'd understand
We all need somebody to lean on"


(Lean On Me - Bill Withers)

Pra você, amiga. Porque você sabe que pode contar comigo sempre, sempre, sempre.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Piadinha do dia (só para brasilienses...)

O brasiliense ganhou o BBB e o Bial, empolgadíssimo, pergunta ao felizardo:

- E aí, o que você vai fazer com R$ 1,5 milhão???
- Vou comprar dois apartamentos no Noroeste.
- Muito bem! E o resto?
- Ah, o resto vou financiar na Caixa...


P.S.: Brigada de novo por me fazer rir, Tavitcho!

terça-feira, 16 de março de 2010

Pra posterizar

Existem erros de português tão comuns, que a gente chega a fazer vista grossa. "Ah, todo mundo erra", então, aparentemente, não tem problema fazer o mesmo.

Trabalhando no segmento turístico, já cansei de ver, por exemplo, "translado" escrito a torto e a direito. Acho que as pessoas misturam traslado com transporte e a palavra vira esse híbrido bastante conhecido.

Mas, hoje, em meio ao tráfego matinal, um ônibus de turismo todo envelopado chamou a minha atenção. No vidro traseiro, uma palavra que eu ainda não tinha visto ser escrita dessa forma:

"Blablablá Turismo - passeios e excussões"

Adorei.
Mas eu não confiaria numa empresa que escreve assim.

quarta-feira, 3 de março de 2010

If you like it...


Adorei, migo Tavitchos! Thanks!

terça-feira, 2 de março de 2010

Tun-tun-tá

No carro, minha sobrinha torta (4 anos) pede música pra madrinha, que dirigia:

- Dindinha, põe tuntuntá?

Minha amiga, por sua vez, pede para mim:

- Pega o CD do Queen, por favor?

Fiz o que ela pediu... e fiquei com cara de "hã?". Sim, porque eu conheço a Nandinha desde que ela nasceu e, desde que ela começou seu dialeto nenenês, eu conseguia entendê-la. Isso, aliás, sempre foi motivo de orgulho para mim, tia babona, uma vez que muitos dos outros tios e tias não a compreendiam. Hoje, ela já é mocinha e fala perfeitamente bem. Já fazia muito tempo que não acontecia isso: ela falar algo e eu ficar confusa.

Pois bem. Dindinha explicou, suscintamente:

- É "We Will Rock You".

Então, a música começou a tocar. Sem precisar de mais explicações, eu só ri. Ah, essas crianças...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

(Sem) Sono

Hoje não acordei. Até porque não consegui dormir.

A vida adulta trouxe muitas novidades pra mim. Entre elas, essa tal de insônia. Pelo menos tenho o privilégio de dizer que posso contar nos dedos das mãos as noites que passei em claro. Fosse por preocupações ou por um estado de saúde, nessas noites o sono não bateu.

Aí eu penso em como minha mãe era. De sono leve, despertava com o menor ruído. Costumava dizer que era sono de mãe. Penso na minha amiga Lou, que não tem uma noite completa de sono desde que seu Guigui nasceu. Primeiro, foi o pânico da morte súbita. Agora, é o choro, ainda difícil de identificar.

Pensando bem, o que é UMA noite sem dormir, não é mesmo?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobre o tempo

Canceriana que sou, adoro reencontros e viagens ao passado. Não é à toa que gosto de escrever sobre minhas experiências. Porque relatar causos é uma forma de relembrar.

Dia desses, minha amiga e ex-chefe Lôra me ligou, convidando para um churrasco. Gui, seu filho, havia passado no PAS da UnB. Eu só não me assustei mais porque, no fim do ano passado, ela tinha falado comigo sobre a formatura dele.

Por que eu deveria me assustar? Bem, quando conheci o Gui, ele tinha oito aninhos. Perdoem-me, mas estou tendo uma certa dificuldade em aceitar que aquele menininho loiro logo, logo, será um engenheiro. E, se ele cresceu tanto, como é que eu fico?

Hoje, fazendo um curso online, me deparei com uma questão que me fez pensar: "o que é tempo para você?". Confesso que não consegui responder direito. Pelo menos, não academicamente. O fato é que, tempo, pra mim, é algo que eu gosto de ver passar... mas no dos outros.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Será que fevereiro já não é mais tempo para novos projetos no ano???

Minha cabeça anda a mil, minha vida a 100.000... e tenho tido tantos planos! Espero em breve conseguir colocá-los em prática.

Dedinhos cruzados!!!!