segunda-feira, 16 de março de 2009

Padro... o quê?

Que falta padronização na indústria, a gente sabe. Uma questão que volta e meia aparece nas minhas rodinhas de conversas é a numeração das roupas. É comum uma pessoa de manequim 40 ter roupas de 38 a 42 dentro de seu guarda-roupa. Isso acontece porque algumas confecções resolvem "alegrar" seus consumidores, enganando-os com numerações menores que a reais. Dizem que as pessoas gostam disso: experimentam uma roupa com numeração menor do que a usual, ficam felizes porque ela cabe e, assim, consomem.

Eu já me enganei muito com isso. É bom pensar: "nossa, tô emagrecendo!". Mas sei que não é verdade, né. E, sinceramente, já estou bem acostumada com situações em que, numa mesma loja, num mesmo dia, eu comprei calças com três tamanhos diferentes. E todas cabiam perfeitamente em mim. Mas uma experiência recente foi a mais engraçada. Andando pela C&A, eu me deparei com uma calça jeans que adorei, remarcada em R$39,90. Ciente desses devaneios numéricos de quem quer que etiquete as roupas, resolvi fazer uma comparação de cinturas entre as calças no cabideiro.

Primeiro, peguei uma 42: aparentemente, normal. Comparei com outra, da mesma numeração: minúscula. As duas tinham três dedos de diferença na cintura. Aí peguei uma 44. Ela tinha o mesmo tamanho da primeira 42. Então peguei uma segunda 44: muito maior. Aí encontrei duas 46. Uma delas era idêntica à primeira 42 e à primeira 44. E a outra, pasmem: era a menor de todas. Detalhe: essa zorra toda numa única arara. E todas eram do MESMO modelo. Como diria minha coleguinha F: sur-re-al.

Fiquei tão doida na cabine de provas de roupas, que resolvi deixar tudo lá, mesmo. Bando de gente doida!

E o engraçado é que não pára* por aí. Sapatos também sofrem desse mal. Mas o que me deixa mais revoltada são os alimentos. Hoje mesmo eu comi dois docinhos de leite do mesmo pote. E eles tinham gostos diferentes.

Há poucas coisas mais decepcionantes que estar com "aquela" vontade de comer ou beber alguma coisa... e, quando a gente dá a primeira mordida ou o primeiro gole, sente um gosto diferente àquele que lembramos. Triste, muito triste mesmo.

Taí! Eu já sei o que quero ser quando crescer: degustadora e/ou provadora. De roupas e de alimentos. Eu uso esse meu "poder" para o bem e todo mundo fica feliz. Ou pelo menos EU fico feliz, porque não vou mais passar por uma crise de identidade numérica como aquele na C&A...


*eu simplesmente não consigo me adaptar às novas regras ortográficas...!

P.S. tudo a ver: don't misunderstand me... eu AMO C&A (N fica doido comigo por causa disso... hahaha!). Mas que eles são loucos, ah, eles são, sim.

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