terça-feira, 17 de março de 2009

Eta, soninho bom...

Esse horário pós-almoço é uma grande sacanagem com o proletário. Depois de papar um marmitão, é fisiologicamente impossível manter um ritmo normal ou aceitável de retomada ao serviço, concordam?

Pois cá estou eu, sonolenta como o quê, lutando contra as tradicionais "pescadas" em cima do teclado. Blogar, neste momento, está sendo um estratagema para não cair babando sobre a mesa.

Meditando sobre meu lamentável estado, lembrei-me de duas situações ridículas por que passei, há cerca de dois anos, no meu antigo trabalho. Tudo graças ao irremediável sono.

Numa dessas ocasiões, pra piorar o cenário, meu antigo chefe convocou uma reunião da gerência às 14h. Tratava-se da apresentação de um projeto bem-sucedido de uma colega. Sacaram? Uma apresentação. Em power point. Com projetor. Em uma sala escura.

Aaaaaaaaaaaah! Minha 2ª maior vontade (sim, porque a 1ª era obviamente me aconchegar e dormir) era sair gritando de desespero. Eu me segurei e me segurei... até que fui literalmente vencida pelo cansaço. As pescadas ficaram cada vez mais evidentes (ao menos para mim, que passava o vexame). A cabeça ia e vinha, parecendo um joão-bobo. Foi podre.

Numa dessas idas e vindas, meu amigo Y me viu. E eu o vi também. O coitado, sem reação, resolveu se levantar e abrir a janela (???) para abafar o riso.

Nunca uma reunião demorou tanto. Pelo menos, não na minha cabeça. Óbvio que eu fiquei preocupada... afinal, nossa pequena equipe se resumia em sete pessoas. Mas então descobri, perguntando aos colegas, se alguém mais havia visto meu papelão. E, ufa! Dessa, eu me salvei. Y foi minha única testemunha. Depois disso, o gesto de deixar a cabeça cair para o lado (como aconteceu várias vezes comigo, na ocasião) virou inside joke.

A segunda memorável situação de sono, também nesse antigo trampo, ocorreu em um treinamento marcado durante todo o fim de semana. Pensem: sábado e domingo, durante todo o dia (a gente chegava por volta das 7h e saía às 18h), treinando. Certas etapas foram produtivas. Mas outras... pelamordedeus. Estas envolviam adivinhem o quê? Power point, projetor e escuridão. Ah... aí eles pediram, né?

Pois sentei-me na última fileira, lá em cima, no auditório. Bem ao lado do projetor. E quem era meu vizinho? Amigo Y. Enquanto um pôs a cabeça para a direita, o outro apoiou-se à esquerda. E assim passaram-se... bem, sei lá. Até porque nossos olhos estavam fechados, né.

Nesse caso, juro que não fiquei com a consciência tão pesada. Até porque a estratégia do sofrível RH não foi das mais brilhantes. Não contentes de nos obrigarem a participar desse evento (de cujo conteúdo eu sabia de cabo a rabo, uma vez que se tratava de projetos de nossa superintendência), fizeram-nos acordar duas horas mais cedo do que em dia regular de trabalho e ainda nos colocaram em uma sala escura logo após o almoço. Ô, dó.

Pois não bastasse surrupiar um fim de semana, meses depois marcaram outro treinamento assim. Dessa vez, eu pensei: "recuso-me a dormir". Então, pra driblar a monotonia (digamos que meus chefes não dominavam a arte de elaborar apresentações), resolvi fazer anotações. Anotei todas as "pérolas". Foram três folhas inteiras de declarações infelizes feitas por nossos gestores. Pena que não guardei esse caderno; hoje esse material daria um belo post aqui. Pena maior o fato de eu não me lembrar de nenhuma delas para citar. Sacanagem.

Bem... o fato é que escrever funcionou. Não dei sequer uma piscada mais lenta, durante toda aquela manhã de sábado.

Bottomline: esse artifício ainda funciona. Blogar está sendo um jeito ótimo de me manter acesa.


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