quarta-feira, 27 de maio de 2009

Falar é fácil

Como trabalho no Eixo Monumental, presencio 99,9% das passeatas em Brasília. Em média cinco vezes ao ano, chegar ao serviço é um verdadeiro teste de paciência - graças a MST, CUT, Rosinhas e o diabo-a-quatro.

Não é segredo pra ninguém que sou estressada. Ainda mais no trânsito. Mas não acho que seja "privilégio" meu ficar braba em congestionamentos. Imagino que isso seja senso-comum.

E é aí que eu me pergunto: de que adianta a tal da passeata? Qual o seu objetivo? Mobilizar a população em geral? Ou é só chamar a atenção para a sua causa? Ora, porque, na minha cabeça, se a ideia é comover as pessoas, acho que tá tudo errado. Porque, pelo menos do jeito que esse povo faz aqui, em Brasília (entendam: não tô falando de um movimento tipo impeachment, ou algo assim), o efeito é contrário. Irrita, chateia, faz a gente xingar. O que mais ouço dos motoristas é: "esse povo não tem mais o que fazer, não?".

Pois é. Podem me chamar de ignorante... mas é a imagem que eu tenho. Tem grupo que faz tanta passeata, que ninguém mais ouve o que ele tem a dizer. Às vezes, a causa pode até ser justa. Mas a estratégia tá furada.

Atrapalhar a vida dos outros e ficar gritando num trio elétrico em frente ao Congresso Nacional não adianta. O que adianta, e ninguém faz, é votar direito. Pra depois não ficar dizendo que "Brasília só tem corrupto". Até porque os tais "corruptos" foram eleitos pelo Brasil inteiro.

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